Trabalhar com documentos governamentais exige que você utilize métodos de gestão específicos, uma vez que esses arquivos são de extrema relevância pública. Não basta armazená-los em arquivos, é necessário catalogá-los e identifica-los de maneira efetiva.

Esse tipo de documentação, geralmente, é reutilizado inúmeras vezes, tendo em vista que diferentes órgãos e secretárias podem solicitá-los. Logo, gerir os arquivos de maneira adequada irá otimizar tempo.

A gestão de documentos governamentais pode ser facilitada com a utilização de alguns métodos de identificação e organização específicos. Cada uma dessas técnicas tem como objetivo facilitar o armazenamento, bem como a consulta, garantindo, assim, um arquivo mais eficaz.

Como organizar documentos governamentais por princípio da Proveniência e de Ordem Original

A primeira coisa que você precisa decidir na hora de organizar documentos governamentais é se eles serão catalogados por princípio de Proveniência ou de Ordem Original. Cada um deles tem suas características particulares, que os tornam adequados para determinados tipos de arquivos.

  • Princípio de Proveniência

Basicamente, é o agrupamento de determinados tipos de arquivos, independentemente da natureza, de forma que eles não se mistures com outros. Eles são separados conforme a sua proveniência, ou seja, no caso documentos governamentais, conforme o a temática deles.

Esse princípio é o mais utilizado, uma vez que, além de permitir que os arquivos não se misturem, traz uma série de vantagens, tais como:

  • Ajuda a proteger a integridade dos documentos governamentais, já que os dados referentes a origem deles estarão em destaque e eles serão separados respeitando o órgão originário.
  • Auxilia na organização, uma vez que todos os arquivos de terminada pasta estarão correlatados de alguma maneira. O que torna a procura e identificação mais fácil.
  • Facilita o processo de armazenamento e catalogação do arquivista, uma vez que é possível criar uma espécie de guia mais flexível que permite a descrição e identificação dos documentos governamentais de maneira mais rápida.

Por conta dessas vantagens, o Princípio de Proveniência é extremamente utilizado dentro do arquivamento de documentos governamentais, já que possibilita uma organização mais eficaz.

  • Princípio de Ordem Original

No caso do Princípio de Ordem Original, o arquivista irá armazenar os documentos governamentais respeitando o órgão de origem. Isso quer dizer que, mesmo que os arquivos não tratem, necessariamente, do mesmo assunto, eles serão colocados na mesma pasta, conforme o departamento originário.

Em muitos casos, esses é o método mais eficaz de organização, tendo em vista o grande volume de papéis produzidos em determinados setores, logo, ele também é bastante utilizado.

Separe os documentos governamentais conforme as fases de arquivamento

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Na hora de armazenar documentos governamentais também é preciso utilizar o método de “fases de arquivamento”. Basicamente, ele consiste na separação dos arquivos conforme a frequência com a qual eles são solicitados. Essas fases são dívidas em três.

  • Fase corrente ou primeira idade: São os documentos governamentais que são frequentemente consultados pelo órgão originário e que precisam estar disponíveis de forma facilitada.
  • Fase intermediária ou segunda idade: Arquivos que são utilizados eventualmente e que podem ser encaminhados para locais de armazenamento temporários até que sejam encaminhados para a guarda permanente ou sejam destruídos.
  • Fase permanente ou terceira idade: Os documentos governamentais já foram utilizados e não são mais necessários para o órgão originário, mas, devem ser preservados de forma permanente para consulta da população.

As “fases de arquivamento” são essenciais para a identificação e organização de arquivos de origem e consulta pública. Por isso, antes de armazenar quaisquer documentos governamentais é essencial realizar essa triagem.

Passo a passo para o arquivamento de documentos governamentais

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Agora que você já sabe as maneiras de se organizar e catalogar documentos governamentais, chegou a hora de ver o passo a passo de como arquivar esses arquivos de maneira segura e eficaz.

Tenha em mente que esse processo pode sofrer algumas alterações conforme o órgão e o volume de papéis que precisam ser armazenados, mas, de modo geral, os passos são os seguintes.

  1. Evite a produção de documentos desnecessários

Grande parte dos órgãos públicos possuem um espaço de armazenagem limitado, por isso, evite produzir papéis desnecessários. Além de reduzir o volume de arquivos a serem manipulados, você também facilitará a gestão desses documentos governamentais.

  1. Separe os arquivos

O segundo passo para o arquivamento é a separação dos arquivos que serão guardados. Lembre-se de seguir os métodos citados anteriormente (princípio de proveniência, ordem original e fases de armazenamento). Em caso de dúvidas, sempre consulte o órgão de administração dos arquivos.

  1. Coloque os documentos governamentais em pastas adequadas

Após separar todos os arquivos conforme o método mais adequado, está na hora de armazená-los em pastas específicas. O ideal é guarda-los em pastas com cores diferentes, conforme a ordem decidida durante o processo de separação.

Uma dica importante é se atentar sempre ao volume máximo da pasta. Evite sobrecarregar o objetivo com excesso de papéis, além de dificultar o armazenamento isso também irá prejudicar a vida útil dos arquivos. Além disso, não esqueça de identificar todos eles.

  1. Destinação dos documentos

É nessa faze que você irá decidir qual o destino dos documentos governamentais. Para isso, não esqueça de utilizar o método de “fases de arquivamento”. Por meio dele será possível identificar se os arquivos precisam ficar em um local acessível, ou, se podem ser enviados para uma guarda permanente.

  1. Inclusão em um sistema digital próprio

Por fim, a última fase de armazenamento é a inclusão em um sistema digital. Aqui é importante ressaltar que cada órgão pode usar uma plataforma diferente, logo, é essencial verificar em qual delas os arquivos devem ser incluídos. Além disso, tome cuidado com a questão de acesso a esses papéis, verificando sempre se eles são acessíveis ao público.

Muitos arquivos, devem, ainda, ser inseridos em plataformas online, como, por exemplo, portais de transparência. Por conta disso, é extremamente importante cataloga-los de forma correta.

Assim, fica fácil a consulta não só pelos servidores envolvidos nos processos dos documentos governamentais, mas, também, pelos cidadãos que necessitam consulta-los para alguma finalidade específica.